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A duas câmaras do parlamento etíope, elegeram Sahle Word Zewa, para o cargo de presidente da República, tornando-se assim a única mulher a exercer esta função no continente africano, depois da demissão de Mulatu Teshame, um ano antes do fim do seu mandato.
Diplomata de carreira, Sahle Work, de 68 anos, tornou-se a primeira mulher a desempenhar estas funções na Etiópia, após a adopção da constituição civilista de 1995, que prevê dois mandatos de seis anos, com poderes reduzidos em favor do cargo de primeiro- ministro.
A nova presidente era até à sua tomada de posse, secretária-geral das Nações unidas para a União Africana, uma colaboradora íntima do secretário-geral da ONU, António Guterres, tendo antes desempenhado do cargo de embaixadora em França, Djibouti e Senegal, para além do papel de Autoridade Intergovernamental do Bloco Económico Regional da África Oriental (GNI).
No seu discurso de abertura no parlamento, saudou os esforços políticos de abertura democrática do primeiro-ministro Abiy Ahmed, que tomou as suas funções em Abril último, e a sua decisão de formar um governo em que metade das pastas ministeriais a mulheres, inclusive a pasta da Defesa.
“ Se as mudanças alcançadas na Etiópia forem conduzidas por mulheres, este esforço contribuirá para uma Etiópia livre de descriminação étnica, religiosa e de géneros”, afirmou ela no parlamento.
Antes de da sua nomeação, o parlamento demitiu o antigo presidente, por razões que têm que ver com o equilíbrio de forças entre os quatro partidos coligados na Frente Revolucionária do Povo Etíope (EPRDF) no poder nos últimos vinte anos, afirmam vários especialistas.
Abiy Ahmed, primeiro- ministro, tem impulsionado uma ampla abertura, que levou à desarticulação de guerrilhas internas, libertação de prisioneiros s políticos e negociações de paz com a vizinha Eritreia.
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