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Destaques da edição de Agosto de 2019
Por Manfredo Ben
O recente dinamismo nos mercados das matérias-primas para exportação, relança o investimento internacional nas linhas férreas, através dos portos de Dar es-Salaan e Mombasa, num plano em rede que envolve um conjunto de países, que vai da Etiópia a Norte, aos países dos Grande Lagos e alcança a RD Congo. Uma revolução económica está em curso. Os investidores internacionais disputam com cobiça este mercado emergente.
NA PRINCÍPIO DA 9ª CIMEIRA de Infra-estruturas Férreas e Rodoviárias da África do Leste todos os olhos dos presente seguiram com curiosidade e vivo interesse as explicações do ministro tanzaniano dos Transportes, Isack Aloyce Kamawehwe, que apontava no mapa as futuras linhas férreas planeadas que vão partir do porto de Dar es-Salaan na Tanzânia e de Mombasa no Quénia, para seguirem para os países ribeirinhos dos Grandes Lagos (Ruanda e Uganda) e atingirem as estratégicas províncias orientais da República Democrática do Congo, a região mais rica do mundo em minerais diversos, a que os especialistas denominam por “escândalo geológico”.
Este investimento que atraiu investidores turcos, chineses, israelitas, sul-coreanos, alemães e de diversos países da União Europeia, visa desencravar os países do interior e dinamizar a Comunidade Económica dos Países da África de Leste, no balanceamento que vai permitir a independência da constelação tradicional do pólo sul-africano, e deslocando para leste a política geoeconómica da Zâmbia e talvez do Katanga, para não falar da região de Kivu e Ituri no Leste, que já estão de certa maneira “capturadas” por este novo que desagua no Índico.
A extracção mineira da cintura do cobre que envolve a região do Katanga, na RDC e na Zâmbia, são o foco principal dos investidores internacionais, em particular de potências asiáticas, que lavaram à saturação dos portos de Dar es Salaam e Mombasa, não obstante grandes trabalhos de modernização portuária. A recente decisão da construção dos novos portos, de Lamu (Quénia) e Bagamoyo (Tanzânia) apontam para o futuro da dinâmica económica em toda da África de Leste.
(Leia o artigo na integra na edicção nº137 da Revista África21, mês de Março)
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