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Destaques da edição de Agosto de 2019
Os quinze países membro da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), reunidos na segunda-feira, em Abidjan, reafirmaram a meta de lançar uma moeda única em 2020, apesar dos "desafios" a serem atingidos por este projecto.
A reunião de ministros das finanças e governadores dos bancos centrais dos quinze países da CEDEAO marca um importante ponto de viragem no estabelecimento da moeda única, disse na abertura, Jean-Claude Brou, presidente da Comissão da CEDEAO.
Acrescentou que este é um "projecto lançado pelos pais fundadores da CEDEAO" e que tem por "objectivo final da integração ".
"Os chefes de Estado da CEDEAO pediram para acelerar este projecto para alcançar em 2020 a moeda única, frisou. "
"Há uma vontade política ", "a moeda única não é mais uma utopia tecnocrática", disse o ministro da Economia e Finanças da Costa do Marfim, Adama Kone, reconhecendo que o caminho está repleto de desafios. Os obstáculos remanescentes à livre circulação de bens, capital e pessoas dentro da CEDEAO continuam por resolver.
O nome e o símbolo da futura moeda única serão divulgados na reunião, em Abidjan, que termina esta terça-feira, informou Jean-Claude Brou. Os especialistas também devem discutir a escolha do regime cambial e o "modelo do banco central".
Este trabalho será submetido aos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, na próxima Cimeira de Abuja, no dia 29 de junho.
A moeda única da CEDEAO, uma “serpente marinha” falada durante trinta anos, substituirá o franco CFA e outras sete moedas nacionais. Estas moedas não são conversíveis entre elas, o que não facilita as trocas.
O franco CFA é objecto de uma controvérsia recorrente entre os seus defensores, que enfatizam a sua estabilidade e os seus detractores, que a acusam de ser uma moeda "neocolonialista".
Criada em 1975, a CEDEAO inclui actualmente quinze países, totalizando 300 milhões de habitantes, incluindo os 180 milhões da Nigéria.
De acordo com um especialista financeiro da África Ocidental, uma moeda única real não é alcançável a curto prazo. Por outro lado, o estabelecimento de uma "moeda comum de negociação para empresas e instituições" é concebível, segundo o modelo do ecu, a unidade de conta europeia que precedeu o euro.
"Nós não fazemos uma moeda única com base na mera vizinhança. Requer uma convergência mínima de economias, ou mesmo complementaridade, que não existe hoje ", disse o especialista, que também destaca o baixo volume de comércio entre os países da África Ocidental
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