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Destaques da edição de Agosto de 2019
A embaixadora do Reino Unido em Luanda, Jessica Hand, defendeu que a visita que o príncipe Harry inicia esta quarta-feira a Angola ocorre num momento de “parceria ampla e profunda” entre os dois Estados e pode incentivar à adesão do país à Commonwealth.
“Na qualidade de embaixador da juventude para a Commonwealth, tenho certeza de que o Duque [de Sussex] também encontrará oportunidades para destacar os benefícios das iniciativas da Commonwealth e de incentivar Angola a fazer uma solicitação formal de adesão” aquela organização, afirmou a diplomata Jessica Hand num artigo de opinião publicado no Jornal de Angola e no qual a diplomata fala sobre as relações políticas e económicas entre Angola e o Reino Unido.
A primeira visita oficial de Sua Alteza Real o Duque de Sussex a Angola acontece numa altura em que as relações entre o Reino Unido e Angola estão a desenvolver-se numa parceria ampla e profunda. Uma parceria baseada na confiança e no respeito mútuos”, começa por dizer a embaixadora.
Segundo Jessica a embaixadora, o Reino Unido pretende apoiar o processo de reforma de Angola e a propósito afirmou: “Existe ainda um longo caminho a percorrer, mas potencialmente muito mais a ganhar para ambas as nações”, afirmou. De acordo com a embaixadora, o Reino Unido “contribui para vários programas em diferentes áreas de ação em Angola”.
Na área da desminagem, a UK Aid (ajuda humanitária britânica) financia o trabalho de instituições britânicas e internacionais de desminagem, como a The HALO Trust, Mines Advisory Group (MAG) e Norwegian People’s Aid (NPA), que, em conjunto, ajudaram a desminar 15 milhões de metros quadrados em Angola, desde setembro de 2018, “tornando o território seguro para comunidades, agricultura e novos negócios”, referiu.
Mas “também capacitou e formou mais de 35.000 pessoas sobre os perigos que as minas e o material bélico não deflagrado representam”, acrescentou.
“O Reino Unido identifica benefícios mútuos ao apoiar a diversificação e a reforma económica de Angola, para que as oportunidades para os negócios britânicos aumentem, contribuindo para uma melhoria constante nas condições de vida de todos os angolanos”, realçou ainda a diplomata.
Com esse objectivo, “no ano passado, a Agência de Crédito à Exportação do Reino Unido, a UK Export Finance, comprometeu 650 milhões de libras para apoiar projectos de saúde, agricultura e energia em Angola”, um valor “equivalente a 75 por cento do seu financiamento total para a África”, adiantou.
O Príncipe Harry regressa a Angola, seis anos depois de ter estado no país em 2013 na sequência da visita histórica efectuada pela mãe, a Princesa Diana, em 1997, numa viagem que começa no Dirico e o leva ainda ao Huambo e Luanda.
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