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Destaques da edição de Agosto de 2019
Nove combatentes islâmicos foram mortos na semana passada no extremo norte de Moçambique durante confrontos violentos com o exército, anunciou o Ministério da Defesa de Moçambique em comunicado no dia 08 de Outubro.
Esta declaração oficial é a primeira em que as autoridades de Maputo reconhecem que combatem contra o misterioso grupo jihadista que espalha terror há dois anos na província de Cabo Delgado.
Os confrontos "contra os autores" ocorreram no sábado último e "resultaram na eliminação de nove" soldados, disse o ministério.
A acção "resultou no aniquilamento de um número considerável de malfeitores, destruição do acampamento e fuga desordenada dos mesmos", acrescentou o ministério.
Segundo fontes locais, a operação do exército atacou um campo jihadista nas florestas perto da vila de Mitope, no distrito de Mocimboa da Praia.
"Este lugar é considerado a base insurgente mais importante da região", disse uma fonte local à AFP.
"Os rebeldes revidaram e mataram um cidadão russo que acompanhava as tropas do governo", disse uma autoridade local à AFP sob condição de anonimato.
Em 2018, Moçambique assinou um acordo com Moscovo sobre o envio de conselheiros militares russos para este país, onde eles foram muito activos durante a era soviética.
Desde o mês passado, a media local relatou a presença de militares russos, incluindo helicópteros, em Cabo Delgado. O Ministério da Defesa de Moçambique recusou-se a confirmar essa informação.
Questionado na terça-feira sobre a morte de um soldado russo em Moçambique, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, negou qualquer envio de tropas de seu país. "Não há soldados russos lá", disse Peskov a repórteres.
As eleições gerais em Moçambique estão agendadas para 15 de Outubro, data em que o presidente moçambicano Filipe Nyusi e o seu partido, Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, que governa desde a independência em 1975), vão às urnas para manter o poder.
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